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Bispos avaliam positivamente Campanha da Fraternidade deste ano

Também o Ano Jubilar Missionário foi um dos temas importantes do programa de hoje da 59a Assembleia Geral da CNBB

Há 2 anos - por Assessoria de Comunicação da CNBB (Com a colaboração da Sara Gomes, da Arquidiocese de Salvador e CNBB Nordeste 3)
Bispos avaliam positivamente Campanha da Fraternidade deste ano

A avaliação da Campanha da Fraternidade 2022 é positiva, a partir das partilhas realizadas na manhã desta quarta-feira, terceiro dia da etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AGCNBB). Após breve relato do secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, os bispos reagiram com partilhas e elogios à ressonância do tema trabalhado neste ano.

Segundo o padre Patriky, a CF 2022, cujo tema é “Fraternidade e Educação”, teve uma acolhida “positiva e significativa” e “ajudou a potencializar o Pacto Educativo Global”, proposto há três anos pelo Papa Francisco. Em todo o país, há várias iniciativas programadas para realização nos próximos meses. O lema, “Fala com sabedoria, ensina com amor”, foi “de singular beleza”.

Nas reações, unanimidade na avaliação positiva da proposta. O bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferrería Paz, elogiou a ressonância da CF 2022 e disse que esta edição “apontou caminhos de esperança”.

O arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Antônio Brustolin, partilhou sobre a abertura da CF numa escola localizada na periferia da região com o envolvimento de diversas autoridades. Ele destacou que a CF 2022 “resgata um dos valores mais importantes que são as questões sociais mais profundas que temos que enfrentar”.

O bispo de Guarapuava (PR), dom Amilton Manoel, destacou “a profundidade, a grandeza e o impacto” que o tema da CF causou em todos os setores de sua diocese, chegando às escolas, universidades e na casa legislativa municipal.

Pacto Educativo Global

O arcebispo também sublinhou a relação com o Pacto Educativo Global, que tem sido bandeira para iniciar processos em vista de uma educação transformadora.

Outros bispos também destacaram a relação com o Pacto. Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA), lembrou da aldeia educativa que precisa estar empenhada para realizar a educação integral motivada pelo Papa.

O bispo da diocese de Patos de Minas (MG), dom Claudio Sturm, partilhou que a CF contribuiu para que a equipe diocesana do Pacto Educativo Global se reanimasse, após o arrefecimento por conta da pandemia. Em sua diocese, foi realizado um encontro com o prefeito da cidade para acolher sugestões e propostas da CF 2022.

Gestos concretos

Também com avaliações positivas, os bispos ressaltaram a importância de que cada diocese esteja empenhada na realização de gestos concretos, possíveis também com a porcentagem dos recursos da Coleta Nacional da Solidariedade que fica na Igreja Particular.

“Diante das duras críticas, a melhor resposta em cada diocese são os gestos concretos”, disse o bispo de Imperatriz (MA), dom Vilsom Basso, que partilhou a criação uma classe de reforço para os estudantes.

Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do Cimi, destacou a atuação da Pastoral da Educação, inclusive na educação indígena. Ele também reforçou a importância de ter gestos concretos diante como sinais que ficam nas dioceses para valorizar a Campanha da Fraternidade.

A Pastoral da Educação também teve destaque por sua missão de tornar a Igreja presente no mundo da educação. A CF 2022, segundo a avaliação, foi oportunidade de valorizar a Pastoral para que esteja bem estruturada em todas as dioceses do país.

Durante a sessão desta manhã também foi apresentada a prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade e o processo de preparação da Campanha da Fraternidade 2023, que abordará o tema “Fraternidade e fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16).

 

Ano Jubilar Missionário

A Igreja no Brasil está vivenciando o Ano Jubilar Missionário, que, a partir do Documento de Aparecida, tem como tema central “A Igreja em estado permanente de missão”, e como lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1, 8). Esta celebração, iniciada em novembro de 2021, foi apresentada aos jornalistas que participaram da coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (27), como uma das atividades da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB (AGCNBB). 

Na ocasião, o bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odelir José Magri, afirmou que este Ano Jubilar é um tempo forte de grande consciência para a missão ad gentes.

“Temos como objetivo fazer memória da caminhada missionária nacional, mas, sobretudo, projetar a ação missionária como paradigma de toda a obra da Igreja. Celebrar o Ano Jubilar é nos colocar nessa dinâmica bonita de todas as forças da Igreja no Brasil, dando unidade a essa riqueza e a essa diversidade de projetos desenvolvidos”, disse aos jornalistas. 

Nacionalmente, a celebração deste jubileu parte do marco missionário, em 1972, que deu um novo impulso para a Igreja no país. Desta forma, em 2022 são celebrados os 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (COMINA); os 50 anos das Campanhas Missionárias; os 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs; os 50 anos do Conselho Missionário Indigenista (CIMI); os 50 anos do Documento de Santarém; os 60 anos do Centro Cultural Missionário (CCM); e os 70 anos da criação da CNBB. 

Já no âmbito internacional, a comemoração se estende pelos 400 anos de criação da Congregação para Evangelização dos Povos; pelos 200 anos do nascimento da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF); pelos 150 anos do nascimento do beato Paolo Manna, fundador da Pontifícia União Missionária; e pelos 100 anos do Motu Proprio Romanorum Pontificum, do Papa Pio XI, documento que designou as Obras Missionárias como Pontifícias, em 1922. 

Para dom Odelir, a missão evangelizadora é um projeto de amor, que encontra muitos desafios, sendo um deles o de somar forças:

“Estamos enfrentando o desafio da retomada, da organização e, sobretudo, nós vamos sentindo nos aspectos dos projetos missionários, a necessidade de somar forças no sentido de recursos financeiros e humanos e no contato com as realidades concretas. A pandemia fez transparecer realidades maiores. Nesse espírito missionário, nós sentimos muito a necessidade de não nos fecharmos em nossas necessidades. O apelo missionário é sempre nesse sentido da Igreja em saída. É um apelo de abertura missionária”, asseverou. 

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