59ª Assembleia Geral da CNBB tem início, com etapa virtual, nesta segunda-feira, 25 de abril, às 8h
Entre os destaques do dia de abertura do encontro estão as iniciativas de comemoração pelos 70 anos da entidade

O Documento 70 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) descreve a Assembleia Geral como “órgão supremo da CNBB, expressão e realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”, com a finalidade de realizar os “objetivos da CNBB, para o bem do povo de Deus” (art. 27) e para fazer “crescer a comunhão e a participação” (art. 28). Segundo o que indica o texto, “a Assembleia Geral trata de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e os problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, sempre na perspectiva da evangelização” (art. 29).
Em 2022, a 59ª Assembleia Geral da CNBB, a AG CNBB, acontece, em sua primeira etapa, de 25 a 29 de abril de 2022, em modalidade virtual. Assim como no ano passado, serão cinco dias de trabalho por meio da plataforma Zoom. E entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, será realizada a segunda etapa, de forma presencial, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).
Foi definido como tema central dessa edição “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”, em sintonia com o processo do Sínodo dos Bispos 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco. A primeira etapa, em formato virtual, contará com sessões pela manhã, das 8h às 12h, e à tarde, das 14h às 17h.
Participam do evento cardeais, arcebispos, bispos diocesanos e auxiliares, coadjutores, além dos bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja que são convidados. Atualmente, segundo dados da Secretaria Técnica da CNBB, a Igreja Católica no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, um total de 478 bispos hoje, dos quais 317 exercendo alguma missão e função de governo pastoral mais 161 bispos eméritos (aposentados).
Qual o tema central e os outros temas deste ano?
A opção pela escolha do mesmo tema do Sínodo 2023, segundo o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, se deu em razão de buscar um alinhamento entre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil 2019-2023 e os caminhos da Igreja propostos pelo Papa Francisco. As DGAE serão renovadas na 60ª assembleia do episcopado brasileiro em 2023.
Além do tema central, os bispos, durante a 59ª AG CNBB, vão aprofundar também seis temas prioritários, entre eles o relatório anual do Presidente, o informe econômico e assuntos das Comissões Episcopais para a Liturgia, para a Tradução dos Textos Litúrgicos (CETEL) e para a Doutrina da Fé (CEPDF). Outros 30 temas estão na pauta desta etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da CNBB. São assuntos de estudo, comunicações, análises de conjuntura e os temas que não exigem votações presenciais do episcopado brasileiro.
De acordo com o secretário-geral da CNBB, os temas são escolhidos a partir de uma escuta às dioceses, depois passam pela aprovação do Conselho Permanente da CNBB. São considerados também temas que são desdobramentos de assembleias anteriores e que precisam de aprovação e encaminhamentos.
25 de abril – Destaques da pauta no 1º dia
Os destaques para a programação do primeiro dia são as solenidades de abertura, com início às 8h (abertura da Assembleia, acolhida oficial e acolhida do Presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte-MG). Às 8h30 está prevista uma fala do Núncio Apostólico do Brasil, dom Giambattista Diquattro.
Ainda na primeira sessão, na parte da manhã, serão apresentados o relatório da presidência, organizado pelo presidente da CNBB, a mensagem do Santo Padre à assembleia e aos bispos do Brasil. Também serão apresentados uma análise de conjuntura social e as iniciativas da Igreja no Brasil para orientação dos fiéis sobre as eleições 2022. Os destaques do período da tarde ficam por conta dos informes das iniciativas de comemoração por ocasião dos 70 anos da CNBB.
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