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"Eu não, nós": campanha para dia do migrante e refugiado traz apelo por empatia e inclusão

Iniciativa das Missionárias Scalabrinianas é inspirada na mensagem do Papa Francisco para o dia do Migrante e Refugiado, celebrado em 26 de setembro.

Há 3 anos - por Cléo Nascimento com IMDH
"Eu não, nós": campanha para dia do migrante e refugiado traz apelo por empatia e inclusão
Uma campanha promovida pelas Irmãs Missionárias Scalabrinianas até 26 de setembro propõe um olhar mais empático para a questão dos migrantes e refugiados no mundo. Inspirada na mensagem do Papa Francisco para este dia, “Rumo a um nós cada vez maior” e em sua Encíclica Fratelli Tutti, o evento chama a atenção da sociedade para a necessidade urgente da acolhida, do respeito às diferenças e do cuidado com o planeta.
 
A ação reúne congregações religiosas, Igrejas, jornalistas, artistas e jovens, que organizam e participam de uma programação com momentos formativos, atividades culturais e debates em transmissões pelas redes sociais. Educação, infância, refugiados LGBTQIA+, Ensino Social da Igreja, Bíblia e Migrações, nômades, são algumas das temáticas abordadas aos longo do período da campanha.
 
Conforme o relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), de junho de 2020, subiu para 82,4 milhões o número de refugiados. Para o porta-voz do ACNUR, Luiz Fernando Godinho, a pandemia é uma das razões do significativo aumento do deslocamento interno. Também as crises na Etiópia, Sudão, Síria, Moçambique, Iêmen, Afeganistão e Colômbia provocaram um deslocamento interno de mais de 2,3 milhões de pessoas.
 
Ainda segundo Godinho, as guerras são a causa primeira dos deslocamentos. “As guerras continuam sendo o grande fator de deslocamento humano no mundo, isso joga luz aos líderes mundiais, precisam sentar à mesa para solucionar conflitos. Se os líderes não se entendem e não trabalham, o ano que vem falaremos de novos números ainda maiores”, afirma.
 

Migrações e o cuidado com a "casa comum"

 
O aumento do fluxo mundial de refugiados ambientais nos últimos anos foi um dos temas abordados na abertura do evento, na última quinta-feira (16). Os participantes destacaram que uma das causas desse crescimento se deve à a interferência do ser humano no ambiente.
 
De acordo com a organização britânica Carbon Diclousure Project, desde 1988, mais da metade das emissões de indústrias mundiais podem ser rastreadas em apenas 25 empresas e grandes estatais, o que significa que as alterações climáticas são consequências de um modelo que tem espoliado os bens necessários hoje e para as futuras gerações e de um sistema que esgota os recursos naturais.
 
Ainda, segundo a Cúpula do Clima, os mais afetados com as migrações climáticas são as crianças do sexo feminino, adolescentes e mulheres, pois são expostos a trabalhos pesados – nos quais, por exemplo, há escassez de água, ao machismo e à precariedade na educação e saúde.
 

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

 
Desde 1914, a Igreja Católica dedica o último domingo de setembro ao migrante e ao refugiado como ocasião para manifestar preocupação, sensibilizar a sociedade civil e promover iniciativas que amenizem a realidade vivida por pessoas vítimas do deslocamento forçado no mundo.

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