Começa o Muticom, maior evento de comunicação eclesial do Brasil

A 12ª edição do Mutirão de Comunicação pode ser considerada histórica. Totalmente online e gratuita, surpreende não apenas pelo formato e temática, mas também pela quantidade de participantes. Foram mais de 5 mil inscritos.

 

Aberto nesta sexta-feira, às 17h, com um momento de espiritualidade, o Muticom segue com atividades até a tarde de sábado (24). Entre conferências, apresentações culturais, lançamentos de projetos e momentos de reflexões, serão quase 12 horas de conteúdo, sob a a temática “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”.

 

Os organizadores afirmam que a edição está superando as expectativas. Além do público recorde, a estrutura preparada na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Belo Horizonte, tem sido elogiada pelos organizadores e participantes.

 

Assim como todos os demais eventos ao redor do mundo, a pandemia também refletiu no planejamento do Mutirão de Comunicação no Brasil. Previsto para acontecer presencialmente ou de forma híbrida, precisou ter o formato de participação revisto, diante do avanço da Covid-19.

 

 

 

Marcus Tullius, da TV Pai Eterno e um dos organizadores, afirma que a mudança causou incômodo, mas não desanimou a equipe, tampouco os comunicadores: "aumentou a possibilidade do encontro, porque nós nunca tivemos num evento presencial de comunicação com esse número de participantes. Permitiu também o maior número de participantes, especialmente aqueles que nunca estiveram em um Muticom. Então, a pandemia impactou, porque não pudemos nos encontrar presencialmente, mas por outro lado, proporcionou a maior participação das pessoas".

 

 

Pode-se dizer que o Mutirão iniciou os trabalhos com categoria e sob as bênçãos do Papa Francisco. Na cerimônia de abertura, o Presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Walmor Azevedo, leu uma mensagem do Santo Padre: "Os cristãos são chamados a ser um sinal de esperança e solidariedade na sociedade brasileira tão atingida pela atual pandemia (…). Ser sinal de esperança significa em primeiro lugar ser instrumento de reconciliação e unidade, missão da Igreja no Brasil”, dizia um trecho do documento.

 

A primeira palestra foi com o Pesquisador e Prof. Dr. Massimo Di Felice, da Escola de Comunicações e Artes, da USP, que abordou o tema "Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas".

 

Na sequencia, a Prof. Dra. Magali Cunha deu uma aula inspiradora sobre comunicar em tempos de ultraconservadorismo e fake news. "A melhor coisa que poderia acontecer é o Mutirão trazer esse tema da Comunicação para a Paz. E isso não quer dizer concordar com tudo. É saudável ter a discordância, mas ela só pode acontecer com respeito, verdade e capacidade dialogal", afirmou a pesquisadora em Comunicação, Religiões e Política.

 

 

O primeiro dia ainda reservou espaço para novidades, com destaque para a Agência de Notícias SIGNIS, cujas atividades começaram hoje; assim como o novo serviço de streaming Magnificat, que chega com a proposta de atender à demanda de conteúdo do público cristão, especialmente católico.

 

 

O 12º Mutirão de Comunicação é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com realização da Pascom Brasil, SIGNIS Brasil e Rede Católica de Rádios. O evento tem o patrocínio da Agência Parábola, CiaTicket, Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Magnificat e conta com o apoio da Lumina Viagens e Turismo, PUC Minas e arquidiocese de Belo Horizonte.

 

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