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A caminho dos 500 anos das aparições de Guadalupe, Igreja no México inicia novena intercontinental

Preparação que durará 9 anos foi lembrada pelo Papa Francisco durante missa, nesta segunda-feira. Pontífice pediu que iniciativa não seja ideologizada, mas feita com "verdadeiro espírito guadalupano".

Há 1 ano - por Redação
A caminho dos 500 anos das aparições de Guadalupe, Igreja no México inicia novena intercontinental
A Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, celebrada nesta segunda-feira, 12 de dezembro, traz uma intenção especial para 2022: a Igreja mexicana inicia hoje a "Novena Intercontinental", um caminho de nove anos em preparação aos 500 anos da aparição da Virgem no México (1531-2031).
 
Segundo comunicado da Arquidiocese Primada do México, a ação deve envolver a Igreja local, assim como povos e comunidades da América Latina e Caribe, Estados Unidos, Canadá, Filipinas e de outros países que desejem participar da iniciativa.
 
Entre as atividades propostas para o período estão eventos culturais, romarias, produções audiovisuais, publicações e "todos os tipos de produção criativa sobre a história e identidade do Acontecimento de Guadalupe, patrimônio não só do México, mas de toda a humanidade", conforme documento.
 
"Queremos, durante estes nove anos, nos aproximar festivamente e celebrar a ternura de Maria. Sem dúvida, teremos que atender os contextos sociais e eclesiais que vivemos. O acontecimento social da pós-pandemia para nosso país, com três problemas acentuados: a violência, a fome e a doença. Queremos apresentar a Maria esta grande necessidade não apenas dos mexicanos, mas do mundo inteiro. Ela sabe como nos ajudar em momentos de crise", disse o Presidente da Conferência Episcopal do México, Dom Rogelio Cabrera López, durante coletiva para anúncio oficial da novena.
 
O novenário faz parte do Projeto Global de Pastoral da Igreja do México que, além do quinto centenário das aparições da Virgem de Guadalupe, contempla o jubileu de dois milênios da Redenção de Jesus Cristo, em 2033.
 
"É urgente ao México recuperar a alegria do Evangelho", disse Dom López, lembrando também que "a ressurreição é o mesmo que amor visível e este amor visível para nós, para toda América e para o mundo inteiro é sempre o amor materno, cheio de ternura. Porque, se o mundo de hoje necessita alegria, é porque necessita ternura, misericórdia, proximidade. Vivemos uma orfandade pandêmica no mundo inteiro e quem melhor para resolver a solidão que a especialista em proximidade, a Virgem Maria Nossa Senhora de Guadalupe?".
 
A Novena Guadalupana Intercontinental será composta por cinco linhas de ação: 1) Formação permanente sobre o evento histórico; 2) Investigação Integral; 3) Promoção de uma devoção informada e testemunhal; 4) Difusão massiva do evento; 5) Produção criativa.
 
Papa Francisco: "verdadeiro espírito guadalupano"
 
O Papa Francisco celebrou, em Roma, nesta segunda-feira, uma missa em honra a Nossa Senhora de Guadalupe. Em sua homilia, ele mencionou a Novena Intercontinental e exortou que pastores e fiéis vigiem para que seja feita com "verdadeiro espírito guadalupano".
 
"Me preocupam as propostas de tom ideológico-cultural de vários tipos que querem se apropriar do encontro de um povo com a sua Mãe, que querem desmistificar, maquiar a Mãe. Por favor, não permitamos que a mensagem seja destilada em pautas mundanas e ideológicas. A mensagem é simples, é terna. 'Não estou eu aqui, que sou tua mãe?". E a Mãe não se ideologiza", disse Francisco.
 
Em sua homilia, em espanhol, o Papa também lembrou que Maria chegou às "às terras abençoadas da América" para "consolar, para atender as necessidades dos pequenos, sem excluir ninguém, para envolvê-los como uma mãe cuidadosa com a sua presença, o seu amor e o seu consolo. É nossa Mãe Mestiça".
 
O pontífice refletiu que a celebração deste ano acompanha um momento difícil para a humanidade, "cheio de ruídos da guerra, crescente injustiça, fome, de pobreza, sofrimento", mas que o Senhor, através de Maria, nos chama a "deixar de lado o egoísmo, a indiferença e o antagonismo, convidando-nos a nos encarregarmos 'rapidamente' uns dos outros, para alcançarmos nossos irmãos e irmãs esquecidos e descartados por nossas sociedades consumistas e apáticas".
 

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