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Santa Gianna Beretta Molla (28 de abril)

Há 3 anos
Santa Gianna Beretta Molla (28 de abril)

Nascida em Magenta, Itália em 4 de outubro de 1922, foi membro atuante da Ação Católica desde a adolescência. Formou-se em medicina, especializando-se em Pediatria e tinha a intenção de unir-se a seu irmão, médico e missionário, padre Alberto, que havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, Maranhão, Brasil, mas foi desaconselhada por seu bispo.
Logo depois, em 1954, conheceu o engenheiro Pietro Molla, com quem se casou no dia 24 de setembro de 1955, tendo a cerimônia sido presidida por seu outro irmão, padre Giuseppe. Durante o noivado escreveu ao seu noivo: "Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões e guie os nossos programas".
O casal teve quatro filhos: Pierluigi, Maria Zita, Laura e Gianna Emanuela. Porém, na última gestação, quando Gianna já tinha 39 anos, descobriu-se que ela tinha um fibroma no útero e ela tinha três opções: retirar o útero doente (o que ocasionaria a morte da criança), abortar o feto ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia para preservar a gravidez. Gianna não hesitou e disse: "Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!". A cirurgia ocorreu no dia 6 de setembro de 1961.
Ela deu entrada para o parto no hospital de Monza na Sexta Feira Santa de 1962. No dia seguinte, 21 de abril, nasceu Gianna Emanuela. Sempre fiel, afirmava: "Entre a minha vida e a do meu filho, salvem a criança!". Gianna faleceu no dia 28 de abril de 1962 no lar em Milão, It.
O milagre da beatificação aconteceu no Brasil, em 1977, na cidade de Grajaú, no Maranhão, no mesmo hospital onde ela queria ser missionária e ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994.
O milagre da canonização foi experimentado por Elisabete Arcolino Comparini, casada com Carlos César, da Diocese de Franca, São Paulo, Brasil, quando, no início do ano 2000, o quarto bebê que haviam concebido começou a passar por sérios problemas, tendo, no terceiro mês, a jovem mãe perdido totalmente o líquido amniótico. A intercessão da então beata Gianna foi pedida, ainda no hospital, na presença do bispo de Franca, Dom Diógenes Matthes. Como a Elisabete se recusava a realizar um aborto e devido à intercessão da Santa Gianna Beretta Molla, depois de uma gravidez sem a presença de líquido amniótico - um fato sem explicação científica - no dia 30 de maio de 2000 nasceu Gianna Maria, nome dado em homenagem à beata. Nas palavras de Dom Serafino Spreafico, bispo emérito de Grajaú, "Santa Gianna (ou Joana como é carinhosamente chamada) formou-se como missionária e como tal viveu, ligada ao Brasil por vocação específica… Ela agradeceu ao Brasil por tal vocação obtendo de Deus os dois milagres oficiais para a Igreja."
Gianna foi canonizada no dia 16 de maio de 2004 e recebeu do papa São João Paulo II o título de "Mãe de Família". Na cerimônia estavam presentes o seu marido, Pietro Molla, suas filhas Gianna Emanuela e Laura, e o filho Pierluigi. No Brasil é reconhecida como Padroeira da Pastoral Familiar.
Santa Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Sobre o autor

Raul Ribas

Pós-graduado em Teologia pela Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande (MS), membro do Movimento dos Focolares e um entusiasta pesquisador e divulgador da vida dos santos.