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São Vigílio (26 de junho)

Há 2 anos
São Vigílio (26 de junho)

Quem visita a cidade de Trento, uma das mais antigas no norte da Itália, entre as montanhas dos Alpes, logo se depara com a Catedral de São Vigílio, primeiro bispo daquela diocese, morto no ano 405. No subsolo da igreja existem os restos da antiqüíssima cripta onde foi sepultado o corpo do mártir Vigílio, o grande missionário daquela região, chamada Trentino.
Quando a Igreja obteve a liberdade de culto, com o Edito de Milão, em 313, houve um surto maravilhoso de zelo missionário levando a mensagem de salvação aos irmãos ainda pagãos. As cidades eram os alvos mais fáceis para a evangelização, devido às estruturas. Mais difícil era a penetração do Evangelho nos vales e montanhas, nas aldeias chamadas pagos, (que deu origem à palavra pagão) onde, pelas raízes culturais, ainda havia muita resistência à evangelização.
Vigílio, formado na escola de Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, foi por ele enviado a evangelizar a região Trentino. Andou pelos vales e montanhas dolomíticas com outros colegas pregando o evangelho, formando comunidades eclesiais que, depois, se tornaram paróquias e foi criada a diocese de Trento, sendo ele sagrado o primeiro bispo. Seu zelo estendeu-se às regiões do Vêneto, extirpando inclusive, os resíduos da heresia ariana.
Quando evangelizava o vale de Sarca foi atacado pelos pagãos que o mataram por apedrejamento. Seu corpo foi levado para a Catedral de Trento, que ele havia construído e colocado em uma cripta adequada. O apologista Tertuliano disse: “podeis arrancar-me a pele e as entranhas, mas não a fé e a graça de minha alma”. A pregação do cristianismo continuou nos vales do Trentino, pois o sangue do mártir Vigílio o regou.
A diocese de Trento fundada por Vigílio é uma das mais fervorosas e ricas de movimentos apostólicos: basta pensar no Movimento dos Focolares, nascido à sombra da Catedral de São Vigílio, por Chiara Lubich, cujo carisma é a Unidade e hoje está presente no mundo inteiro.
São Viigílio, rogai por nós!

Sobre o autor

Raul Ribas

Pós-graduado em Teologia pela Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande (MS), membro do Movimento dos Focolares e um entusiasta pesquisador e divulgador da vida dos santos.