Santas Perpétua e Felicidade (7 de março)

Um decreto do imperador Setímio Severo, em 202, expandiu a perseguição aos cristãos, àqueles que se preparavam para o batismo (catecúmenos). Este decreto levou à morte muitos catecúmenos. Em um grupo de catecúmenos do norte da África estavam Felicidade, que se achava no oitavo mês de gravidez e sua nobre senhora, Perpétua, que tinha um filho de colo e foram todos levados para a cidade de Cartago para serem processados. A Igreja possui as atas autênticas desses martírios. A eles se associou Sáturo, diácono que os preparava para o batismo e os sustentou na luta e os batizou antes do martírio.
Felicidade poderia ter evitado o martírio pelo respeito à vida que trazia dentro de si, mas não o fez. A criança nasceu 2 dias antes do martírio. Nas dores do parto, na prisão um guarda lhe falou: “Se gemes agora, o que será quando fores lançada às feras?” e sua resposta vale por um tratado de moral: ”O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não sofrerei sozinha, Cristo sofrerá por mim”
Para Perpétua, não a convenceu as súplicas do pai, por ele, pela família e pelo filho que levava ao colo.
No interrogatório todos confessaram a fé com firmeza e foram condenados à morte. O diácono Sáturo batizou-os na prisão. Os homens morreram despedaçados por dentes de leopardos. Perpétua e Felicidade, após serem torturadas, permaneceram em pé, em oração até o momento em que foram degoladas.
Ambas figuram no mais antigo cânon da missa e o calendário litúrgico conserva a memória obrigatória.
As atas dos mártires terminam com estas palavras: “Os que foram testemunhas destes fatos lembrar-se-ão da glória do Senhor e aqueles que dele tiverem conhecimento, por esta narrativa, estarão em comunhão com os santos mártires e por intermédio deles com Jesus Cristo, Nosso Senhor, para quem são a honra e a glória pelos séculos!”
Santas Perpétua e Felicidade rogai por nós.

Raul Ribas
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