Santo Eulógio (11 de março)

Os santos Eulógio e Flora, naturais de Córdoba, na Espanha, onde se manifestou com maior crueldade a repressão contra os cristãos no século VIII, quando os árabes, levados pelo fanatismo da guerra santa, invadiram aquele país e junto com eles, numerosos foram os martirizados pela fidelidade a Cristo.

Eulógio era membro do clero de Córdoba e se tornou célebre por sua cultura, pela integridade de vida e pelo zelo sacerdotal. Escreveu uma obra apologética em defesa da doutrina cristã contra os ataques dos muçulmanos.

A influência religiosa de Eulógio irritava as autoridades, que decretaram sua prisão. Na cadeia escreveu um livro de exortação ao martírio e o dedicou à memória das santas Flora e Maria, recém martirizadas.

Libertado da prisão, Eulógio escreveu mais uma obra com o nome de MEMORIAL, recolhendo preciosas notícias sobre os mártires na Espanha.

Livre, não ficou calado; continuou sua obra em defesa da fé e, falecido o bispo de Córdoba, Eulógio foi nomeado seu sucessor. Para isso necessitava do beneplácito das autoridades muçulmanas, que mal suportavam a prestigiosa influência de Eulógio na resistência contra o islamismo. Procuraram então, mais um pretexto para prendê-lo e processá-lo.

Na ocasião, tinha-se convertido à fé cristã a filha de um influente chefe árabe, de nome Lucrécia. O fato irritou ainda mais o governador, inclusive porque, para fugir da perseguição, ela refugiou-se na casa de Eulógio. 

Chegou a sentença de Morte. Levado ao lugar da execução, Eulógio fez solene profissão de fé cristã contra os erros da religião de Maomé. Em vez da consagração episcopal e do bastão de pastor, ele recebeu a palma do martírio. Era 11 de março de 859.

Alguns dias depois, também Lucrécia seguiu-o na glória do martírio.

Santo Eulógio rogai por nós.